Se eu pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei

Fernando Pessoa

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O meu baú das recordações

Hoje fui ao baú das recordações e recuperei alguns textos escritos. Recuperei alguns deles, dei-lhes uma nova roupagem mas acima de tudo refleti.

Não vivo no passado... mas aprendi muito com ele... e orgulhosamente olho para ele. Eu sou o fruto do meu passado!!!

Descobri que é maravilhoso amar... gritar que nos  amamos... sentirmo-nos livres das amarras da sociedade assumindo o que somos, o que sentimos, sem vergonhas, sem pensar nos outros, sem pensar no futuro. Apenas o presente conta! O passado está lá para ajudar a compreender-me, a conhecer-me  e recorro muitas vezes a ele.

Não me arrependo de nada! Foi o caminho que escolhi percorrer para aqui chegar, para evoluir e para ascender energeticamente.

Tenho vindo a descobrir um mundo cheio!!!! Cheio de aromas, de cores, de afectos.

Na minha interacção com os outros, com o meio que me rodeia ás vezes pergunto se não me exponho de mais. A resposta é simples...

Posso-me expor de mais... mas isso significa que ainda me importo. 
Posso fazer muita asneira... mas estou muito mais perto de encontrar a felicidade. 
 
Quando me protejo... quando descarto os meus sentimentos... quando me desvalorizo... é porque tenho medo...  medo de sentir que sem o outro não sou nada! 

A amizade é uma forma de amar... a forma mais pura de amar incondicionalmente. É uma entrega dinâmica de sentires. 

Quando nos permitimos a sentir esse sentimento tão nobre ele não magoa... liberta-nos, transforma-nos. Pode, ás vezes, trazer alguma tristeza mas esta é passageira, não ganha raízes, não é egoista. 

Quando nos permitimos a deixar que esse sentimento invada a nossa alma reconhecemos o nosso caminho e o nosso Eu Interior equilibra-se. Podemos algumas vezes ir ao tapete mas levantamo-nos de novo e avançamos. E estamos muito mais perto da felicidade!!!

Queremos governar a nossa vida pela razão. Criamos estereotipos daquilo que queremos ser, com quem queremos viver, ter filhos, sermos velhinhos... 
Estamos tão enganados! 
E tão longe de sermos felizes. 

De um dia para o outro olhamos para trás e perdemos uma vida porque nos iludimos, porque seguimos a razão, o socialmente correcto. E sentimo-nos vazios, esgotados...
Quem comanda a nossa felicidade é o amor, o sentimento, a emoção... o coração!

Saber quem somos, como funcionamos, como respondemos aos estimulos que nos chegam diariamente, a toda a hora, é um caminho que se faz, caminhando!!!

Olhar profundamente para dentro de nós, buscando com sinceridade quem nós queremos ser, projectando os desejos, perguntando porquê e para quê... o que este caminho me ensina...

Todo o pensamento se torma matéria atravês da palavra. Mas nós temos tanto medo de materializar nossos desejos que os calamos, dentro do nosso coração.

Aprendi que na vida não existem coincidências, acasos. Tudo acontece com um propósito, com um objectivo.

Quando nos deixamos cativar corremos sempre o risco de chorar um pouco... e amar é deixarmo-nos cativar... e quando queremos alguma coisa todo o universo conspira para que esse desejo se realize... desde que esse desejo seja bom para nós!

Já fui uma tempestade em mar calmo. Agora, sou calmaria num mar de emoções que vou descobrindo e vivenciando, sem medos, sem sofrimento. Apenas questionando, aceitando, conhecendo-me ...

Não é por acaso que estou no ano do 4º chacra. É este que se encontra em expansão, que estou  a trabalhar, subindo mais um degrau na minha involução. É a reconstrução dos sentires!!! É o desapego das futilidades. É o apego aos sentimentos.

Sabes que a vida é do tamanho dos sonhos tornados realidade??? 
Não os concretizamos pois eles servem de escudo, de defesa contra o meu EU Interior. Somos nós que não nos permitimos a vivenciá-los por medo do sofrimento, da responsabilidade.

Eu só existo no outro. Sou um ser de relação, de interacção. Sou o reflexo do que me rodeia e sou eu que escolho pois sou eu que tenho o livre arbitrio!

Encontrei um dia este poema belíssimo de Paulo Fuentes, que partilho, pois reflete esta dualidade de almas, este equilibrio dual de dois seres que se cruzam num caminho um dia imaginado e desejado. E porque acredito que algures existe uma alma gêmea...

ALMAS QUE SE ENCONTRAM ...

Dizem que para o amor chegar...
Não há dia...
Não há hora...
E nem momento marcado para acontecer.

Ele vem de repente e se instala...
No mais sensível dos nossos órgãos...
O coração.

Começo a acreditar que sim...
Mas percebo também...
Que pelo fato deste momento...
Não ser determinado pelas pessoas...
Quando chega, quase sempre...
Os sintomas são arrebatadores...
Vira tudo às avessas...
E a bagunça feliz se faz instalada.

Quando duas almas se encontram...
O que realça primeiro...
Não é a aparência física...
Mas a semelhança das almas.

Elas se compreendem...
E sentem falta uma da outra....
Se entristecem...
Por não terem se encontrado antes...
Afinal tudo poderia ser tão diferente.

No entanto sabem que o caminho é este...
E que não haverá retorno...
Para as suas pretensões.

É como se elas falassem além das palavras...
Entendessem a tristeza do outro...
A alegria e o desejo...
Mesmo estando em lugares diferentes.

Quando almas afins se entrelaçam...
Passam a sentir saudade uma da outra...
Em um processo contínuo de reaproximação...
Até a consumação.

Almas que se encontram...
Podem sofrer bastante também...
Pois muitas vezes...
Tais encontros acontecem...
Em momentos onde não mais podem extravasar...
Toda a plenitude do amor...
Que carregam, toda a alegria de amar...
E de querer compartilhar a vida com o outro...
Toda a emoção contida...
À espera do encontro final.

Desejam coisas que se tornam quase impossíveis...
Mas que são tão simples de viver...
Como ver o pôr-do-sol...
Ou de caminhar...
Por uma estrada com lindas árvores...
Ver a noite chegar...
Ir ao cinema e comer pipocas...
Rir e brincar...
Brigar às vezes...
Mas fazer as pazes...
Com um jeitinho muito especial.

Amar e amar, muitas vezes...
Sabendo que logo depois...
Poderão estar juntas de novo...
Sem que a despedida se faça presente.

Porém muitas vezes...
Elas se encontram em um tempo...
E em um espaço diferente...
Do que suas realidades possam permitir.

Mas depois que se encontram...
Ficam marcadas ... tatuadas...
E ainda que nunca venham a caminhar...
Para sempre juntas...
Elas jamais conseguirão se separar...
E o mais importante ...
Terão de se encontrar em algum lugar.
Almas que se encontram...
Jamais se sentirão sozinhas...
Porquanto entenderão, por si só...
A infinita necessidade...
Que têm uma da outra para toda a eternidade.


Respostas!!!

Tudo o que acontece na minha vida tem um desígnio. 

As mais ínfimas coisas que atraio, têm um motivo para aqui estarem, para acontecerem precisamente desta forma, fielmente neste momento, e literalmente neste lugar. 

Tudo aqui na matéria é milimetricamente perfeito, para que eu possa responder de acordo.

De acordo com aquilo que sou. 
De acordo com o que escolhi ser nesta circunstância, neste tempo e neste lugar.

Mas pergunto-me: "Como é que a matéria, um local tão denso e tão pesado, pode responder a impulsos tão subtis, ao ponto de tudo ser perfeito?"

E a resposta é simples. 
Eu vivo num sistema energético, e o sistema energético funciona em qualquer frequência. Se uma pessoa está densa, através do sistema energético atrai pessoas e situações densas. Se uma pessoa está leve, atrai pessoas e situações leves. 
É simples!

Por isso a situação em que me encontro está a querer falar comigo, está a querer mostrar-me coisas, fazer-me sentir emoções, fazer-me modificar o meu sistema de crenças para que eu possa abrir a mente e acreditar em novas possibilidades. Inclusive novas possibilidades para mim próprio, como Pessoa.

Mas o que é que significa isto tudo? 
Porque é que me encontro nesta situação e não noutra? 
O que é que devo aprender com isto tudo? 

Só há uma coisa que eu tenho mesmo de aceitar:  procurar no Eu Superior a resposta.

Fecho os olhos, relaxo e pergunto "o que é que o Universo me quer dizer com esta situação?"
Fico.  

Não penso em nada. 

Limito-me a fazer a pergunta. 

E activo toda a minha sensibilidade. 

Intuio. 

Percepciono. 

E vou  achar que estou a imaginar coisas. 

Mas não. 

Essa é a resposta!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Entre a razão e a emoção...

Hoje deparo-me com um dilema... seguir as emoções ou a razão. 

Sou na minha essência Emoção... coração... intuição.

A emoção transforma a minha vida em ebulição, tornando-a densa, quente, imprevisível e tocante. A emoção é o movimento da evolução, uma tempestade numa noite quente de verão e o raios de sol da minha existência terrena. 

A emoção é a mãe dos risos e lágrimas, das iras e paixões. Pode ser feia e lúgubre, pode ser deslumbrante e reluzente.

A emoção é o alicerce do meu Eu Interior, da minha intuição, do meu coração. E tudo o que vem do coração é bom! 
A razão é a censura do coração! É o sossego de uma maresia por viver, de uma quietude assustada, de um medo castrador, de uma não evolução.

A razão é o silêncio ao fim do dia, é não saber onde pára a alegria... é o deserto no mar da cidade.
A razão é discreta, silenciosa, comedida, desprovida de calor e ímpetos. Ela calcula, pensa, defende-se e protege-se. 

A razão é o sossego morno do pensamento lógico, objectivo, estruturado.

A emoção pertence á minha Essência, ao meu Eu Interior, á minha Consciência. 

A razão por sua vez pertence ao Ego, á minha Personalidade. 

E como escolher? Pois se uma revolve, a outra resolve.  Se uma envolve, a outra desenvolve. Parece fácil a escolha, mas não é!

A razão tem esta capacidade de nos embriagar, de abalar as nossas certezas, de tornar os nossos caminhos dúbios.

Mas é este dilema que me obriga a evoluir, a caminhar, a aprender... A incerteza torna o caminho aliciante, revelador, magestoso e intenso!

Posso afirmar que existe em mim duas formas de poder distintas e opostas: o poder do Ego (razão) e o poder da Consciência (emoção).

O poder do Ego é mutável, baseia-se no medo, na aparência, na insegurança.
O poder da Consciência é imutável, duradouro, baseia-se na alegria, na abundância, na responsabilidade. Baseia-se nas Leis Universais e no Amor Incondicional.

Hoje sei que quanto mais me descubro mais vibro num patamar de emoções, concretizando o meu plano de vida, traçado na quietude da minha Essência.

Hoje sou mais feliz por seguir o Poder do Coração!

"Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais"
(Pedro Abrunhosa)

domingo, 17 de julho de 2011

A Árvore da minha Vida

"Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Há os que levaram muito, mas não existe os que não deixaram nada.
Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso"


É assim a amizade!

Em cada caminho percorrido cruzei-me com pessoas que me fizeram feliz pelo simples facto de existirem.

Outras percorreram durante algum tempo esse caminho , lado a lado, entre um passo e outro.

Outras ainda caminham comigo,vendo passar muitas luas, partilhando sonhos, desilusões, conquistas e derrotas.

A todas elas chamo: Amigos

Imagino a Árvore da Vida. Da minha vida!


O meu tronco, forte e robusto, inabalável na sua ânsia de vida é a minha família. Meu pai e minha mãe. Por eles existo! Foram eles que me deram vida e as ferramentas para me transformar naquilo que hoje sou.

As primeiras folhas, firmes e maleáveis são os meus irmãos. Com eles dividi o mesmo espaço para que pudessemos florescer juntos. Cresci com eles, amadureci com eles. Vivemos aventuras, perdemos batalhas e ganhamos guerras. Com eles conheci a palavra amizade.

Amizade de irmão, de sangue, de cumplicidade, de amor incondicional. Amizade da igualdade que nos une. Somos filhos do mesmo tronco. Projecções de sonhos imaginados e realizados.

Mas a árvore vai crescendo.

O destino apresenta outros amigos, os quais eu não sabía que iam cruzar o meu caminho. Muitos deles são amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...

São amigos cor de rosa que é a cor do coração, do amor, da doação. A cor da diferença que o rosa pode ter muitas cores.



Um dia um desses amigos do peito estala o nosso coração e passa a amigo enamorado.

Esse amigo que dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.

Esse amigo que muda de cor como o camaleão.

Uns dias é vermelho, pois é paixão. Outros é verde, pois cura até a maior das desilusões. É amarelo quando passa a ser o sol da nossa vida. Azul, laranja, violeta... assume as cores do arco-íris quando passamos de dois a um.


Com o passar do tempo, o Verão se vai e vem o Outono e a minha árvore perde folhas. São os amigos que perco pelo caminho, alguns mantêm-se perto do meu tronco, no chão, me alimentando com a sua fugaz presença, com a alegria de quem está de passagem. E só por isso sou feliz!

Mas a minha árvore tem folhas mais longínquas. São as pessoas que cruzaram a minha vida, entre um suspiro e um bater do coração. Ficam na ponta dos galhos e quando o vento sopra elas por vezes aparecem entre uma folha e outra. São os amigos distantes!

Só existe um tipo de amizade. A verdadeira. A segura.

A amizade que nos dá o apoio. Que nos dá colo.
Aquela que limpa as minhas lágrimas...quando choro.
A que está presente como uma pedra na minha construção.
A amizade que me levanta quando caio... de cansaço.
Aquela que ilumina a minha noite escura.
A que me ajuda a corrigir os meus erros... sem nunca julgar.

Amigo não é aquele que o diz  que é mas aquele que demonstra ser. É aquele que se faz presente pela palavra. Pela presença.

A minha Árvore da Vida tem uma infinidade de folhas. Algumas se perderam por não saberem partilhar este dom, pois a amizade só existe na partilha, na doação, na troca.

É uma paleta de mil cores, pois quando dois corações se juntam podem pintar o mundo com as cores do arco-iris.

Cabe a cada um de nós escolher se queremos permanecer na Árvore ou não, partilhando a nossa Essência, a nossa Alma. Ou se queremos ser uma fugaz passagem, na trilha de um caminho inacabado.



Mas como podemos escolher? Que opções temos?
Não será a Vida feita de constantes escolhas?


Imagino uma batalha, em tempos remotos.
 
Imagino que tenho 5000 soldados.
E imagino também que o outro tem 5000 soldados também.
Posso fazer duas coisas:
  • Ou atacar – e pelo facto de termos o mesmo número de soldados, a batalha poder ser sangrenta e ter muitas baixas.
  • Ou ficar – e, embora ganhando tempo, corro o risco de ser atacada –, sabendo que a força da defesa não tem a mesma assertividade do que a força do ataque.
Como escolher?
As duas opções têm prós e contras.

  • Se escolho pelo ego, qualquer escolha que faça poderá virar-se contra mim, e causar prejuízos vãos.
  • Se escolher pela alma, por mais que ocorram contratempos, estes serão sempre professores na minha via de evolução.
Como escolher? O que é ego e o que é alma? Como saber?

Simples!

Coloco a minha consciência no meu peito. E fico.

Ponho os meus pensamentos no meu peito, e sinto.

Sinto uma das opções.

Como é que o meu peito fica? Alegre? Triste? Pesado?

Agora faço o oposto.

Sinto a outra opção.

E vejo como está o meu peito.

Tenho a certeza de que, assim, vou conseguir aceder à minha alma. Ela fala com o meu coração. E se eu promover a junção destes dois, poderei contar evoluir até ao fim dos meus dias.

Minhas escolhas serão as escolhas da minha alma, do meu coração.

As folhas escolhidas para embelezar a minha Árvore são os amigos do meu coração, da minha alma. São aqueles que comigo escolheram caminhar, partilhar, rir e chorar, sem falsos pudores, com sinceridade, gratidão... Com Amor! 


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Incensos....

 O incenso, representa o «sopro divino», ou o «sopro da vida»

 Hoje vou escrever sobre o INCENSO, essa substância cada vez mais utilizada nas nossas casas e associada a espaços místicos, esotéricos, religiosos, etc.

Sempre gostei do cheiro ao incenso puro, aquele utilizado nas cerimónias religiosas. Quando miúda lembro-me que a parte que mais gostava da missa de aleluia era quando o padre incensava a comunidade. 

A maioria dos católicos estão de certa forma habituados a presenciar a queima de incenso em belos incensários adornados.

A palavra incenso vem do latim incensum cujo particípio é incendere (queimado, iluminado)

Conhecido desde a antiguidade o incenso era utilizado para fins terapêuticos, higienizantes, odorizantes, em cerimónias religiosas e em oferendas.

O Incenso é composto de materiais provenientes de plantas aromáticas, tais como olibano, benjoim e mirra, muitas vezes combinados com óleos essenciais.

As formas do incenso tem mudado com os avanços da tecnologia, com as diferenças de cultura subjacente e com a diversidade de razões para queimá-lo.

Podemos dividir o incenso em dois principais tipos: "queima indirecta" e "queima directa". 


 O incenso de queima indirecta, também chamado de "incenso não-combustível", requer uma fonte separada de calor, uma vez que não é capaz de queimar-se por si só.

 O incenso de queima directa, também chamado de "incenso combustível", é acesso directamente por uma chama e depois espalha-se atravês da sua fumaça, libertando a sua fragrância. 
Esta prática é comum no Cristianismo e em tradições orientais. Exemplos de incenso de queima directa são as varas de incenso (incenso) os cones ou as pirâmides.

O incenso deve ser queimado para energizar e transmutar as energias presentes no local onde este se encontra, atravês da sua fumaça,  pois este funciona como purificador e condutor de vibrações, sejam das pessoas ou dos locais.

Segundo o livro Incenso – Preparo, Uso e Significado Ritual (ed. Hemus), “os povos primitivos estabeleciam contacto com o divino através da fumaça oriunda da queima de ervas e madeiras aromáticas que se elevavam até aos céus.”

Quando decidimos queimar incenso devemos sempre pensar que estamos a realizar um acto divino. Devemos pensar durante alguns minutos no objectivo dessa queima e assim dirigir os nossos desejos. Queimar incenso nunca deve ser encarado como uma acto leviano! 

Os incensos, uma vez utilizados de maneira correcta, criam uma atmosfera no ambiente, de energia, equilíbrio e harmonia, que ajudam o ser humano a sintonizar mais facilmente com os planos superiores.

Associam o homem à divindade, o finito ao infinito. Alguns, ainda, afirmam que os incensos possuem a incumbência de levar a prece para o céu.

Os incensos estão relacionado ao elemento ar e representam a percepção da consciência que, no ar, está presente em toda parte.

Tipos de incenso

Quando pretendemos queimar incenso devemos seguir uma lógica. Não podemos querer atrair energias positivas se antes não "limpamos o ambiente". Assim recomenda-se a utilização da seguinte forma:

1º - Quebrar o efeito das energias negativas
2º – Limpar o ambiente
3º – Atrair as energias positivas

Quando escolher um incenso preste atenção á qualidade do produto.
Hoje em dia, são muitas as marcas, tipos, formas e fragâncias encontradas.

No mercado encontramos incensos de marcas nacionais ou importadas, que duram de 15 minutos, ½ hora e até uma hora. Deve escolher um incenso o mais puro possível e com menos fósforo, para que este não queime rapidamente e a sua fumaça seja mais prolongada.

Podemos ainda encontrar incensos nas formas de varetas, cones, espirais, pó, ervas, resinas e as fragrâncias são as mais variadas possíveis.

Os incensos de baixa qualidade, em geral mais baratos, têm na sua composição substâncias que são cancerígenas. A fumaça desses incensos é escura e possui odor muito forte, nada natural.
A fumaça dos incensos de qualidade é quase transparente e exala um perfume suave.

Quanto às fragrâncias, precisamos entender que apesar de existem milhares delas, precisamos encontrar aquela que corresponde com nossa intenção.

Segundo a aromaterapia, os aromas de determinadas plantas provocam reacções benéficas no organismo dos indivíduos e podem tanto auxiliar no relaxamento como estimular e aumentar a energia. Os componentes inalados são transformados em impulsos neurológicos que estimulam glândulas responsáveis pelas boas sensações percebidas.

Segue-se abaixo, uma pequena lista de alguns tipos e suas propriedades.

Arruda:
confere protecção espiritual e aumenta a segurança. É muito eficiente na eliminação de energias negativas e na purificação.
Acácia:
evita pesadelos e transmite um sono tranquilo.
Absinto:
favorece a clarividência. Serve para protecção e amor.
Alecrim:
afasta a depressão, purifica o lambiente e eleva o nível de pensamento.
Alfazema:
eleva o humor e transmite tranquilidade.
Almíscar:
aumenta a sorte e o sucesso, assim como a intuição.
Angélica:
aumenta a protecção.
Artemísia:
faz aflorar a clarividência.
Anis estrelado:
atrai a boa sorte.
Benjoim:
aumenta a criatividade, seja em trabalhos artísticos ou escritos.
Camomila:
melhora as finanças e acalma emocionalmente.
Canela:
é indicado para questões financeiras e tranquiliza o ambiente.
Cânfora:
aumenta a realização emocional e profissional e elimina todo tipo de energia negativa.
Cedro:
aumenta a força física. Muito indicado para purificar os ambientes, pois atrai vibrações de harmonia. Nos negócios, ajuda a ter sucesso com as vendas.
Cipreste:
aumenta a concentração, a firmeza e o equilíbrio. Proporciona prosperidade e fortuna.
Coco:
traz o equilíbrio emocional necessário para a tomada de decisões.
Cravo:
abre os caminhos, atrai dinheiro, destrói as energias negativas reinantes e confere segurança.
Erva cidreira:
confere felicidade e sucesso assim como promove o encontro de verdadeiro amor.
Erva doce:
eficaz contra inveja. Promove a harmonia e a paz.
Eucalipto:
renova as energias e promove uma verdadeira limpeza energética do local.
Hortelã:
anula as energias negativas. É muito indicado para aumentar a compreensão, o poder de decisão, a ordem e a consciência ecológica.
Jasmim:
aumenta a resistência física e melhora os negócios. Acalma o ambiente.
Lavanda:
elimina a depressão e confere um sono tranquilo.
Manjericão:
traz sorte, felicidade, prosperidade e proteção.
Mirra:
estimula a intuição.
Noz moscada:
alegra o ambiente e atrai dinheiro, da maneira justa e merecida.
Orquídea:
indicado para purificar o ambiente de trabalho e ajudar a encontrar soluções para problemas práticos.
Patchuli:
traz abundância e reactiva a fertilidade.
Pimenta da jamaica:
elimina brigas dentro de casa; atrai dinheiro e boa sorte.
Pinho:
atrai proteção e aumenta a fertilidade.
Rosa branca:
limpa o ambiente contra as energias negativas e acalma as pessoas que estão ao seu redor.
Sândalo:
ajuda no desenvolvimento e expansão da intuição.
Sândalo branco:
traz sucesso, protecção e aumenta o poder da meditação.
Violeta: ajuda a "espantar" as energias negativas.

Os Incensos e os Signos

Carneiro:
mirra ou cipreste, almíscar, angélica, ópium, rosa musgosa, alecrim.
Touro:
sândalo, camomila, arruda, orquídea.
Gêmeos:
canela, âmbar, indiano e eucalipto.
Carangueijo:
cânfora, jasmim, maça rosada.
Leão:
amor perfeito, cedro, lótus, rosa branca, sândalo vermelho.
Virgem:
canela, cravo da índia, rosa musgosa, angélica, benjoim.
Balança:
eucalipto, calêndula, cedro, jasmim, orquídea.
Escorpião:
almíscar canforado, flor do campo, lótus.
Sagitário:
alfazema, alecrim, sândalo amarelo.
Capricórnio:
arruda, benjoim, cravo da índia, sândalo vermelho.
Aquário:
cedro, flores do campo, eucalipto, rosa branca.
Peixes:
cânfora, jasmim, mirra, opium, sândalo amarelo.

Formas de acender o Incenso

Para manipular correctamente o incenso, devemos tomar certos cuidados tais como:
  • Acender o incenso sempre com uma intenção clara, podendo ser um puro agradecimento, prece, meditação ou o que mais tiver em mente;
  • Nunca devemos apagar o incenso com sopros;
  • Tentar sempre escolher a fragrância ou mistura conciliando com o que buscamos
  • Se acender o incenso com um isqueiro, é sinal que acredita na sua força mental e no seu pensamento positivo, para a limpeza que irá realizar.
  • Se acender o incenso com um fósforo, significa que acredita que os elementos do ar, estarão ajudando na limpeza do ambiente.
  • Ao acender o incenso, mentalize uma oração (a que mais lhe agradar) e foque-se no seu objectivo.

Limpeza dos Ambientes


Segure o incenso com a mão esquerda, e percorra cada canto de cada divisão de sua casa.

Não pare a sua oração mental ou falada, pois tudo o que é negativo está impregnado nos cantos e deve diluir-se o mais rápido possível.

Para preservar por mais tempo essa limpeza, coloque um pouco de sal nos cantos.

Encare o incenso como um primeiro socorro à sua casa, procurando queimar pelo menos um, todos os dias, pois assim manterá o ambiente sempre limpo e bem protegido.
Senão puder acender um, todos os dias, faça-o pelo menos de 3 em 3 dias.