"Só vale a pena viver na medida em que os nossos gestos são generosos e positivos .... o ressentimento não nos leva a lado nenhum, não nos deixa viver na plenitude."
Actualmente tenho um certo interesse em "analisar" as palavras á luz de um significado que vai para além daquilo que vem descrito nos dicionários. Este novo interesse foi-me incutido por um anjo chamado Susana Sarmento (http://desubstancia.blogspot.com/) que me deu a conhecer a Auto-referência.
Mas o que é isto de Auto-referência?
Segundo Susana Sarmento a Auto-referência propõe desenvolver habilidades de cuidado, atenção e dedicação com a palavra falada e sua escuta. Esta prática permite que possamos actualizar a forma como nos comunicamos e assim reprogramar os projectos que desejamos realizar.
Assim, compreendemos que somos o centro, o agente emissor e receptor de todos os nossos movimentos, as razões e as consequências nós mesmos, os criadores da nossa realidade pessoal.
Praticámo-nos observando o nosso corpo ou através do que codificamos como sendo o outro, o nosso reflexo (tudo o que é externo a nós).
Assim, compreendemos que somos o centro, o agente emissor e receptor de todos os nossos movimentos, as razões e as consequências nós mesmos, os criadores da nossa realidade pessoal.
Praticámo-nos observando o nosso corpo ou através do que codificamos como sendo o outro, o nosso reflexo (tudo o que é externo a nós).
A cada momento fizemos a melhor escolha que pudemos e essa é a experiência de que necessitamos para a nossa evolução, isto é, auto-valorização.
Como diz uma das leis espirituais ensinadas na Índia: “tudo o que aconteceu é o que deveria ter acontecido”.
Transcendemos a hipótese binária do certo ou errado para uma infinidade de opções. Para cada situação de Vida não temos uma, nem duas hipóteses, nós temos o direito de escolher entre esses milhares de milhares, a melhor, a mais brilhante, a mais alegre e adequada possibilidade.
Como diz uma das leis espirituais ensinadas na Índia: “tudo o que aconteceu é o que deveria ter acontecido”.
Transcendemos a hipótese binária do certo ou errado para uma infinidade de opções. Para cada situação de Vida não temos uma, nem duas hipóteses, nós temos o direito de escolher entre esses milhares de milhares, a melhor, a mais brilhante, a mais alegre e adequada possibilidade.
Tudo o que acontece tem origem em mim! Sou eu o responsável!
O outro apenas é o reflexo, o espelho das minhas acções. Aquilo que me incomoda no outro é aquilo que eu não vejo em mim!
Dificil não é?
Mas tentemos viver sobre esse pressuposto e a nossa vida começa a mudar. Passamos a centrar-mo-nos, a assumir-mos as consequências das nossas acções e das acções dos outros... Comportamento gera comportamento! Acção/ Reacção!
Hoje surgiu-me a palavra RESSENTIMENTO.
Ressentimento é o sentimento de desprazer ou indignação.
Etimologicamente ressentimento significa sentir novamente (re-sentimento).
Analisando esta palavra á luz da auto-referência poderei inferir que vivencio de forma repetida um sentimento que me causa dor, mágoa, raiva.
E o sentimento?
Sentimento é uma emoção, uma percepção, uma atitude emocional.
Á luz da auto-referência podemos dizer que qualquer sentimento implica uma acção dos sentidos. Podemos ainda ler o sentimento como o mento que sente. Ora mento pode ser sufixo de acção ou queixo (maxilares).
Reparemos agora como todos os sentires estão intimamente ligados ao queixo (pertence ao segmento da sexualidade segundo a Leitura Corporal).
Quando sinto alegria, prazer e bem estar descontraio o queixo, sorrindo, que por sua vez descontrai todos os feixes musculares a ele ligado (essencialmente feixe muscular cervical).
Quando sinto dor, mágoa, raiva contraio os maxilares e projecto o queixo provocando alterações em todos os eixos musculares a ele ligado. Aparecem as dores musculares, as contraturas, a rigidez, o mau posicionamento, etc...
O ressentimento como emoção negativa que provoca dor só nos prejudica. É sentir vezes sem conta aquilo que me incomoda, aquilo que ainda não resolvi no meu interior, comigo mesma.
Hoje estou empenhada em resolver a incapacidade de lidar com a minha passividade imposta pelas circunstâncias, pelo perfeccionismo a que me obrigo (e não gosto!) e do qual ainda não me consegui livrar.
Amanhã não quero acordar ressentida com nada nem com ninguém.
Reconheço os meus desejos e vontades. Trabalho-os á minha medida e concretizo-os da forma que posso a cada momento.