Segunda a Leitura Corporal a Dor desenvolve-se a partir de desordens energéticas do Corpo Emocional ou Astral. Ela manifesta-se no Corpo Físico e tem por objectivo denunciar, de uma forma clara e definitiva, a discordância entre a Pessoa e a Personalidade.
Ou seja existe uma discordância entre as emoções, os sentimentos, os desejos, as necessidades de satisfação e realização e a interpretação que nós damos aos impulsos internos, á realização da acção e ás formas de a expressar, á estimulação da racionalidade e do controle sobre as acções que desempenhamos.
A dor é a vibraçao ou manifestaçao que caracteriza o desejo de "vida" e de expressividade da Pessoa. Informa que os impulsos em movimento, necessários ao desenvolvimento e aprendizagem do EU, não encontram formas adequadas de reconhecimento, fluência, expressão ou complementação no mundo externo, em função de limites exacerbados impostos pela Personalidade ou pelas condiçoes ambientais.
A dor nao deve ser considerada como indício ou como causa de fragilização. Ela resulta das fragilizações emocionais e dos estados crônicos e evolutivos de fragmentação da identidade/individualidade e é necessária, quando outros sinais ou mecanismos de alerta não atingem níveis satisfatórios de consciencialização e de participação do indivíduo, no que se refere aos processos de autoconhecimento e de individualidade.
A dor é o mecanismo que mais seguramente atrai o indivíduo para ele mesmo, incentiva o sentir e o entender, e cria os movimentos reais de busca da cura e da harmonização interna.
É importante enfatizar que a dor é parte do processo de cura. O sintoma é activado, porque a Pessoa e Personalidade se interagem e necessitam de se equilibrarem.
Para que a dor alcance os seus objectivos, deve-se evitar a sua supressão imediata.
Ela precisa ser aceite, percebida na sua totalidade, trabalhada a nível da consciência (busca das prováveis causas emocionais) e ter os seus impulsos transmutados e transformados em alguma forma de acção ou expressão que movimente os impulsos estagnados. A consciência e activação do fluxo energético, se adequados à necessidade primária, reorganizam a energia da estrutura que gera a sintomatologia dolorosa, e a harmonização conquistada torna desnecessária a continuidade ou agravamento da dor.
Cada tipo de dor evidencia uma qualidade ou intensidade do conflito. A identificação, desenvolvida através da aceitação do sintoma, favorece a leitura, compreensão e resolução do distúrbio - dor acolhida e respeitada nao dói por muito tempo.