Hoje o dia começou assim... angustiante... ansioso... devastador!
Neste caminho que vou percorrendo devagar e onde a cada instante me encontro, ainda tenho muita dificuldade em me livrar de velhos hábitos. Sim... velhos! Eu quero que sejam velhos!
A minha força de vontade, o meu querer interno tem de ser mais forte que as couraças do tempoque ainda me empregnam a pele apesar dos seus cheiros estarem lá e a maciez de uma falsa segurança que me tornam insegura a cada minuto que passa.
Hoje escrevo sem censura, do coração... porque o que vem do coração é sempre bom para mim, a cada momento... em cada instante... em qualquer lugar.
Mas quebrar com as grilhetas que me acorrentam aos velhos hábitos não é fácil! É uma luta árdua...diária...em que agora ganho e a seguir perco. E um sentimento de insegurança invade o meu ser... e a angústia volta... e as perguntas voltam a atormentar... e a razão volta a ganhar o lugar do coração.
E é nestes instantes que parecem eternos que eu tropeço...caio...e quero ficar lá... deitada... no conforto do chão frio. Porque ali já nada nos pode magoar, fazer mal, pois já estamos no fundo, na quietude das palavras abafadas pelo silêncio da alma!
Não consigo descrever o que hoje sinto... é um misto de emoções... um vacilo...um grito mudo dentro de peito que me impede de respirar...
Hoje sinto o que tantas vezes senti sempre que o momento me pediu mudança. Mas hoje esses sentimentos são descodificados pela minha essência, pelo meu Eu Interior.
Mas neste labirinto da vida ainda não consigo deixar de sentir um "amargo de boca" pelas decisões tomadas, pelas escolhas efectuadas... e sinto novamente as palavras se aquietando neste silêncio ensurdecedor da minha alma.